História da Faculdade de São Bento de SP
Na Bula de fundação da Congregação Beneditina do Brasil (1827), o Santo Padre Leão XII afirmava: “Esperamos com ardente desejo – o que para nós e esta Santa Sé será de sumo gosto e digno de recordação – que as escolas dos Mosteiros brasileiros sejam franqueadas também aos jovens de fora, de modo que estes tenham fácil acesso aos conventos para o estudo das doutrinas filosóficas e sobretudo teológicas”.*
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Assim, buscando atender as aspirações do Romano Pontífice, os mosteiros beneditinos presentes em todo território nacional, desde então não pouparam esforços em abrir instituições de ensino. Assim sendo, em 1908 foi a vez do Mosteiro de São Bento de São Paulo abrir a então chamada Faculdade Livre de Philosofia e Lettras, a primeira no Brasil. No início, era filiada à Universidade de Louvain (Bélgica), que reconhecia os graus acadêmicos.
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Depois, com a criação da legislação nacional para o ensino superior, os cursos da Faculdade passaram a ser reconhecidos pelo MEC em 1940.
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Anos mais tarde, em 1946, a pedido da Arquidiocese de São Paulo, a Faculdade passou a integrar o núcleo inicial do que viria a ser a Pontifícia Universidade Católica (PUC), porém, cursos internos de Filosofia continuaram a funcionar no Mosteiro.
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No limiar do novo milênio, o Mosteiro de S. Bento de São Paulo, atento aos sinais dos tempos e às demandas da Igreja e da sociedade, resolveu reabrir a Faculdade de Filosofia que passou a funcionar regularmente no início do ano 2002.
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De lá para cá, norteada por quatro valores institucionais inegociáveis, a saber, Tradição e Inovação, Honestidade Intelectual, Diálogo com a Contemporaneidade e Fidelidade ao Magistério da Igreja Católica, tem dado muitos passos em direção ao seu maior aperfeiçoamento e sustentabilidade.
* LEÃO XII. Inter Gravissimas Curas (1827). Bula de criação da Congregação Beneditina do Brasil.